Manifestantes foram às ruas nesta segunda-feira (9) para defender a democracia, ameaçada por atos de terrorismo promovidos por bolsonaristas em Brasília ontem (8). Em mobilizações nas principais avenidas e praças brasileiras, estudantes, trabalhadores, políticos e ativistas defenderam a soberania da vontade popular expressa com lisura nas urnas. Rechaçaram a violência e o terrorismo bolsonaristas e reivindicaram que – sem anistia – todos as pessoas envolvidas nos atos golpistas sejam processadas e punidas. Inclusive aquelas que investem recursos financeiros e equipamento, como têm feito muitos empresários.
Além destes, as manifestações pediram o devido enquadramento daqueles que, historicamente, têm promovido a narrativa política da intervenção militar no país, da derrubada de governos democraticamente eleitos, e da retomada de regimes autoritários. É o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado na disputa à reeleição.
Após quatro anos trabalhando pela reinstalação da ditadura no país, Bolsonaro se calou ao perder a eleição para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e se recolheu. Enquanto isso, seus seguidores se mantiveram acampados diante de quarteis do Exército em diversos pontos do país pedindo golpe militar contra o presidente Lula, eleito legitimamente. Bolsonaro fez raras aparições, e nelas passou mensagens dúbias, alimentando ainda mais a imaginação de seus fanáticos seguidores, entre os quais estão policiais e militares, de que haveria um golpe de estado no país.
Os atos de hoje foram convocados pelas frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo, Fórum das Centrais Sindicais, Coalizão Negra por Direitos e Convergência Negra. Os movimentos propõem novo ato político, agora em Brasília, na próxima quarta-feira (11). Para esta manifestação serão convocadas lideranças, autoridades e segmentos da sociedade comprometidos com a defesa do Estado democrático de direito.
Publicado no site Rede Brasil Atual